Pesquisar
,

Reino Unido: Theresa May começa a formar governo

Ontem, em seu pronunciamento de posse, May afirmou que seguirá os passos do antecessor, David Cameron, a quem qualificou como um líder moderno.
por Marieta Cazarré – Correspondente da Agência Brasil
(Foto: Will Oliver/Agência Lusa)

Em seu primeiro dia como primeira-ministra do Reino Unido, de Theresa May apresenta hoje (14) os novos integrantes do seu governo. Na noite de ontem, pouco após assumir o cargo, ela começou a definir seus ministros.

Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, será o novo ministro de Relações Exteriores. Johnson foi um dos defensores da saída do Reino Unido da União Europeia e também era candidato ao cargo de primeiro-ministro, mas acabou desistindo após a candidatura surpresa de Michael Gove, que antes o apoiava. Johnson tem sido criticado inclusive por líderes europeus, que o consideram irresponsável. O ex-prefeito já protagonizou cenas consideradas patéticas e tem um histórico de declarações preconceituosas.

Michael Gove foi demitido do cargo de secretário de Justiça e substituído por Liz Truss, que deixa o cargo de secretária de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais.

Philip Hammond foi nomeado ministro das Finanças. Ele havia sido secretário de assuntos estrangeiros de David Cameron entre 2014 e 2016, tendo atuado anteriormente como secretário de Defesa e de Transporte. Ele substitui George Osborne.

Michael Fallon manteve seu posto no Ministério da Defesa, posição que ocupa desde 2014. Outro que permaneceu no cargo foi o secretário de Saúde, Jeremy Hunt, onde atua desde 2012.

Justine Greening saiu da pasta de Relações Internacionais e assume a Secretaria de Educação, substituindo Nicky Morgan. Ela também foi nomeada ministra para as Mulheres e Igualdades.

Amber Rudd é a nova ministra do Interior, cargo que May ocupava. Rudd atuava anteriormente na pasta de Energia e Mudanças Climáticas, onde trabalhou por apenas um ano.

David Davis foi nomeado para o novo cargo de secretário de Estado do Brexit, para conduzir a saída do Reino Unido da União Europeia. Ele já foi presidente do partido Conservador e, entre 2003 e 2008, foi secretário do Interior. Detalhes sobre o novo departamento Brexit ainda não foram divulgados.

Liam Fox também assumiu um cargo recém-criado como secretário de Estado para o Comércio Internacional. Ele também havia se candidatado ao cargo de primeiro-ministro, mas foi eliminado na primeira votação, após ter recebido o apoio de apenas 16 deputados.

Gavin Williamson, ex-secretário particular parlamentar de David Cameron, foi nomeado para o cargo de chefe da Bancada da Câmara dos Comuns.

Patrick McLoughlin deixa seu posto de secretário de Transportes para tornar-se presidente do Partido Conservador e chanceler do Ducado de Lancaster.

Ontem, em seu pronunciamento de posse, May afirmou que seguirá os passos do antecessor, David Cameron, a quem qualificou como um líder moderno.

Ela disse ainda que acredita não apenas na união das nações (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), mas na união de todos os cidadãos e afirmou que pretende fazer do Reino Unido um país de privilégios para todos. “O meu governo será guiado pelo interesses dos cidadãos britânicos, e farei o que puder para dar a vocês mais controle sobre suas vidas.”

Continue lendo

china india
China e Índia: dois gigantes condenados a se relacionarem
Free Palestine
As elites do Norte Global têm medo de falar sobre a Palestina
coreia
Eleições na Coreia do Sul: o partido da oposição triunfa e o presidente Yoon enfrenta desafios diplomáticos e internos

Leia também

palestina_al_aqsa
Guerra e religião: a influência das profecias judaicas e islâmicas no conflito Israel-Palestina
rsz_jones-manoel
Jones Manoel: “é um absurdo falar de política sem falar de violência”
Palmares
A República de Palmares e a disputa pelos rumos da nacionalidade brasileira
Acampamento de manifestantes pedem intervenção militar
Mourão, o Partido Fardado e o novo totem [parte I]
pera-9
A música dos Panteras Negras
illmatic
‘Illmatic’, guetos urbanos e a Nova York compartimentada
democracia inabalada
Na ‘democracia inabalada’ todos temem os generais
golpe bolsonaro militares
O golpe não marchou por covardia dos golpistas
colono israel
Os escudos humanos de Israel