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EUA prepara novas sanções contra Venezuela e pede “ação” na ONU

As declarações são feitas após uma semana de tensão na Organização de Estados Americanos (OEA) entre o representantes dos dois países.
por Pedro Marin | Revista Opera
(Foto: White House / Pete Souza)

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Halley, fez um chamado à comunidade internacional nesta quinta-feira (22) para que ajam em relação à Venezuela, onde, de acordo com ela, “as pessoas estão morrendo de fome enquanto o governo pisoteia a democracia”.

“A situação trágica na Venezuela nos impele à ação. A comunidade internacional deve agir mesmo que o Conselho de Direitos Humanos da ONU e a Organização de Estados Americanos estejam bloqueados de fazê-lo.”, disse Haley.

Em resposta, a missão venezuelana na ONU disse que “rejeita categoricamente” o chamado norte-americano à comunidade internacional, e divulgou uma declaração de 57 países contra a interferência no país. “Nós condenamos qualquer ação que ameace a paz, tranquilidade, e estabilidade democrática, ou que prejudique instituições democráticas da República Bolivariana da Venezuela e ameace sua soberania”, diz a declaração, cujos signatários incluem Rússia, China, Índia, África do Sul e Cuba.

Também nesta quinta-feira o site norte-americano Politico publicou uma matéria na qual oficiais do governo Trump – não identificados pelo site – declararam que o governo planeja uma nova série de sanções contra “responsáveis por abusos contra os direitos humanos, oficiais envolvidos na prisão de presos políticos e aqueles que podem ser parte do plano do presidente venezuelano Nicolas Maduro de reescrever a constituição do país”, caso o governo venezuelano “continue com seu comportamento.”

As declarações são feitas após uma semana de tensão na Organização de Estados Americanos (OEA) entre o representantes dos dois países. Na terça-feira (20), o vice-secretário de Estado norte-americano, John Sullivan, tentou aprovar uma resolução pela criação de um “grupo de contato” de mediadores a serem enviados à Venezuela em meio à crise política e econômica que o país atravessa. “Eu penso que a única forma deles [EUA] imporem sua vontade é com seus Marines, que encontrariam uma resposta esmagadora se tivessem o atrevimento”, respondeu a então chanceler venezuelana Delcy Rodriguez à proposta de Sullivan.

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