Pesquisar
,

Presidente do Senado dá ultimato para que senadoras da oposição permitam votação de Reforma Trabalhista

O ultimato foi dado após mais de sete horas de protestos da oposição, que impedem a votação da reforma trabalhista.
por Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Brasília – Impedido de presidir votação da reforma trabalhista, Eunício suspende sessão. A decisão foi tomada depois que a senadora Fátima Bezerra (PT – RN), que conduzia os trabalhos, se negou a dar o assento da presidência da sessão a Eunício. O senador mandou desligar os microfones e apagar as luzes.(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Após mais de sete horas de protestos da oposição que impedem a votação da reforma trabalhista, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez um último apelo para que as senadoras desocupem a Mesa da Casa e permitam o início dos trabalhos. Ele fez o apelo depois de mandar religar as luzes do Plenário, cujo desligamento havia ordenado após o início dos protestos.

Em meio a protestos de governistas e oposicionistas, Eunício Oliveira retornou ao Plenário do Senado e disse que dará início aos procedimentos de votação de qualquer jeito. Se os parlamentares continuarem ocupando a Mesa, ele prometeu conduzir a votação em outro lugar da Casa.

De acordo com o presidente, as mobilizações da oposição são legítimas mas não se pode interromper os trabalhos. “Vou dar 20 minutos para um entendimento. Se não tiver, eu reabro os trabalhos e vou presidir em qualquer circunstância. Ou aqui ou em qualquer lugar desta Casa”, disse.

Em entrevista antes de chegar ao Plenário, Eunício disse que tem sido democrático e patrocinou acordos anteriores, com o objetivo de promover o diálogo. Segundo ele, a matéria já poderia ter sido votada na última terça-feira (4).

Mais cedo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) havia pregado resistência, afirmando que, se necessário, os parlamentares oposicionistas dormiriam no Plenário. De acordo com ele, o procedimento de iniciar os trabalhos a qualquer custo apenas vai contribuir com o acirramento dos ânimos.

“O Senado está de joelhos”, reclamou Lindbergh, enquanto Eunício fazia o anúncio. Ele foi retrucado por parlamentares da oposição, que gritaram: “O Senado está de pé”.

Continue lendo

MST campo
Conflitos no campo atingem maior número já registrado no Brasil desde 1985
liberdade de expressao musk
A liberdade de expressão e as redes
prisao
PPP dos presídios: uma parceria Lula-Temer-Bolsonaro

Leia também

palestina_al_aqsa
Guerra e religião: a influência das profecias judaicas e islâmicas no conflito Israel-Palestina
rsz_jones-manoel
Jones Manoel: “é um absurdo falar de política sem falar de violência”
Palmares
A República de Palmares e a disputa pelos rumos da nacionalidade brasileira
Acampamento de manifestantes pedem intervenção militar
Mourão, o Partido Fardado e o novo totem [parte I]
pera-9
A música dos Panteras Negras
illmatic
‘Illmatic’, guetos urbanos e a Nova York compartimentada
democracia inabalada
Na ‘democracia inabalada’ todos temem os generais
golpe bolsonaro militares
O golpe não marchou por covardia dos golpistas
colono israel
Os escudos humanos de Israel