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São Paulo: Grupo CCR vence leilão de privatização das linhas 5 e 17 do Metrô

O Sindicato dos Metroviários, que realizou uma greve nesta semana contra a privatização das linhas metrô, havia anunciado anteriormente ter indícios de que a empresa seria a vencedora do leilão.
por Pedro Marin | Revista Opera

O consórcio Viamobilidade, formado pelas empresas Ruasinvest e grupo CCR, venceu o leilão realizado nesta sexta-feira (19) de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro (monotrilho) do Metrô de São Paulo, com um lance de R$ 553,88 milhões.

O Sindicato dos Metroviários, que realizou uma greve nesta semana contra a privatização das linhas, havia anunciado anteriormente ter indícios de que a empresa CCR, que atualmente opera a linha 4-amarela, seria a vencedora do leilão realizado na Bolsa de Valores. Segundo a categoria, a empresa foi a única das concorrentes a realizar um estudo de viabilidade econômica e a apresentar capacidade técnica para assumir as linhas. Os Metroviários realizaram um protesto em frente à Bolsa de Valores durante o leilão.

Apesar do lance do consórcio representar um ágio de 185%, os Metroviários criticam o volume do lucro estimado pelo Governo à iniciativa privada. De acordo com as estimativas, o contrato renderá R$ 10,8 bilhões, enquanto lance mínimo do leilão foi de R$ 189 milhões, com um investimento de 3 bilhões ao longo de 20 anos como contrapartida. Além disso, caso a demanda de passageiros fique abaixo do estimado, o governo estadual se compromete a compensar a concessionária. “É o capitalismo sem riscos”, criticou o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo.

O leilão havia sido suspendido por liminar concedida na quinta-feira (18) pelo juiz Adriano Marcos Laroca. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, no entanto, derrubou-a ao final da noite, argumentando que “a paralisação do certame provocará o retardamento do procedimento licitatório e, por conseguinte, da entrega da operação comercial, em detrimento da expectativa de expansão do serviço público de transporte metroviário à população.”

O Sindicato dos Metroviários afirmou que “continuará na luta contra a entrega das linhas.”

 

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