Pesquisar
, ,

A construção do Estado norte-coreano [Parte 2]

As experiências dos coreanos na luta antinipônica, ao lado da China, foram fundamentais para a formação da República Popular Democrática da Coreia.
por Gwang-Oon Kim* | The Journal of Korean Studies – Tradução de João Carvalho para a Revista Opera
Kim Il Sung em reunião com camponeses.

Esta é a segunda parte de uma série de três. Leia aqui à primeira parte.

O surgimento do governo popular da Coreia do Norte

A modernidade na Europa Ocidental é caracterizada, dentre outras coisas, pela formação do Estado-nação, a ascensão do capitalismo e a formação ideológica do individualismo e do liberalismo. Em contraste, a modernidade na Península Coreana foi marcada pela luta pela soberania contra a colonização do imperialismo nipônico, o desenvolvimento de uma sociedade colonial semifeudal e a formação ideológica do coletivismo. Devido ao fato de o Estado coreano não ter emergido de um processo de diferenciação de desenvolvimento de uma sociedade civil, como é o caso dos Estados da Europa Ocidental, os coreanos tanto no Norte como no Sul distinguem dois períodos de sua modernidade: kundae (tempos recentes) e hyondae (tempos contemporâneos).

O Estado norte-coreano emergiu a partir dos seguintes desenvolvimentos históricos: 1) o movimento de longa duração dos comunistas coreanos para construir um sistema de ditadura do proletariado; 2) sua solidariedade internacional com o Partido Comunista Chinês e; 3) a ocupação exclusiva da Coreia do Norte pelo Exército soviético imediatamente antes do término da Segunda Guerra Mundial.

O movimento comunista e a luta armada antinipônica

A base política e as origens históricas da inevitável formação de Estados separados na Península Coreana podem ser encontradas primeiro dentro do movimento comunista coreano. Mesmo tendo o Komintern retirado seu reconhecimento do Partido Comunista da Coreia enquanto um de seus ramos no final de 1928, os comunistas coreanos continuaram com suas atividades clandestinas por meio de organizações de massa, como sindicatos revolucionários e associações de camponeses. A tarefa deles era auxiliada pela grande ressonância da ideologia socialista e do pensamento reformista camponês tradicional, bem como pelos sentimentos dos camponeses e trabalhadores explorados pelo colonialismo nipônico. Apesar disso, até 1945, os comunistas não concretizaram uma organização centralizada que lideraria o esforço para estabelecer um novo Estado. As organizações comunistas haviam desempenhado um papel menor na luta pela soberania e exerceram uma influência limitada sobre as atividades próprias dos sindicatos dos trabalhadores e associações de camponeses.

Após a derrota do movimento Primeiro de Maio (samil undong) em 1919, o centro do movimento de independência gravitou rumo à luta armada antinipônica, e todas as atividades militantes de grupos como o Movimento Exército da Independência, Exército da Liberação Nacional, Brigada de Voluntários Coreanos e a Unidade de Guerrilha Antinipônica, de Kim Il-Sung, cresceram em força. Durante sua longeva luta, o grupo de Kim Il-Sung se desenvolveu de Exército Popular da Guerrilha Antinipônica para Exército Revolucionário do Povo Coreano. Por uma combinação de fatores, emergiu como uma poderosa força política equipada com os alicerces ideológicos necessários para estabelecer o poder de um Estado popular (inmin chongkwori).

Primeiramente, Kim Il-Sung era famoso por sua luta armada antinipônica durante os anos 1930. Após a libertação, ele foi recebido de forma triunfal de volta na Coreia como um herói lendário e a “estrela guia da libertação nacional”. O grupo de Kim Il-Sung ganhou popularidade ao vencer batalhas amplamente noticiadas, como a de Pochonbo, em 4 de junho de 1937, enquanto comunistas como Pak Honyong não eram tão conhecidos na população pelo fato de a maior parte de suas atividades ter sido conduzida de forma subterrânea.

Segundo, como os guerrilheiros antinipônicos começaram a conduzir atividades partidárias enquanto membros do Partido Comunista Chinês e, também, por estarem, após 1940, sob o Comando Soviético do Extremo Oriente, tais atividades eram acima de tudo limitadas a projetos de construção partidária. Porém, transformando esse limite em uma vantagem, eles se engajaram ativamente na organização de células partidárias em muitas comunidades locais, o que acabou expandindo e fortalecendo suas influências.[1] Ao contrário de Pak Honyong – que, após a libertação, reuniu os seus e tentou consolidar seu poder no centro nacional de Seul –, Kim Il-Sung continuou sua prática de estabelecer bases nas províncias no sentido de propagar sua influência e eventualmente cercar e tomar o centro do país.[2]

Terceiro, a guerrilha antinipônica havia desenvolvido uma identidade mais coerente que outros grupos políticos dentro ou fora da Coreia à época. Eles ganharam bastante confiança pelo fato de terem conseguido superar a brutal campanha “anti-minsaengdan”[3] e a chamada “Marcha Árdua”,[4] o que os diferenciava de outros grupos comunistas. Após a libertação, eles divulgaram suas experiências enquanto “caráter e disciplina revolucionárias”, elevando-se como padrão normativo para grupos políticos em busca do poder, o que viria a ter profundas consequências.[5] Por um lado, tal caracterização levou a lutas faccionais, posto que outros grupos comunistas ou nacionalistas que também haviam participado do movimento de libertação nacional[6] não eram tão valorizados quanto as guerrilhas antinipônicas e seus primeiros seguidores. Por outro, tornou-se uma tendência confiar e promover, enquanto elites de poder norte-coreanas, os graduados da Escola Revolucionária Mangyongdae (Mangyongdae hyongmyong hagwon), cuja maioria dos frequentadores pertencia aos descendentes das guerrilhas.

Quarto, a Unidade de Guerrilha Antinipônica tinha a experiência de estabelecer uma base de guerrilha e formar uma organização de massa sob condições difíceis.[7] Como será discutido mais tarde, tal experiência lançou as bases para a tese da “base revolucionária democrática”, que justificava o estabelecimento de um governo separado no Norte e consolidou a divisão.

Quinto, as experiências das guerrilhas antinipônicas guiaram suas decisões no processo de criação do Exército do Povo Coreano. Eles primeiro formaram pequenas unidades nas províncias e depois as integraram em um único e grande Exército por meio de um anúncio oficial. Apesar da Guerrilha Antinipônica ter feito compromissos e até mesmo concessões a outras facções, tomando um lugar secundário em muitas das estruturas burocráticas do governo, ela controlava diretamente o Exército sob todas as circunstâncias. Ela aceitava as manobras táticas, pois havia aprendido com suas próprias experiências de guerrilha aquilo que Mao Tsé-Tung havia popularizado: “o poder político nasce do cano do fuzil”.[8] A origem do conceito de songun (prioridade militar), comumente mencionado na Coreia do Norte de hoje, pode ser relacionado às práticas da Unidade de Guerrilha Antinipônica deste período.

Sexto, Kim Il-Sung se baseou em sua experiência de forjar alianças para formular a política de construção de uma frente popular na Coreia do Norte pós-libertação. Durante as campanhas antinipônicas, o grupo de Kim trabalhou assiduamente para estabelecer uma frente anti-imperialista unida, com todas as forças – independentemente de suas origens regionais ou de classe – que lutassem contra os japoneses.[9] Encorajado por seu sucesso nessa empreitada, Kim estabeleceu um princípio da atividade do Partido para a construção de uma “Frente Unida Nacional Democrática”, baseada na aliança entre trabalhadores e camponeses, e desenvolveu políticas que privilegiavam as massas em detrimento das elites, bem como o estado subjetivo daquelas massas em detrimento de suas condições materiais. Esses princípios foram posteriormente formalizados em motes como “o trabalho é feito pelo povo, mas a revolução é conduzida pelas massas” e “a revolução não é alcançada pela origem social das pessoas, mas sim por seu pensamento.”

Não apenas o grupo de Kim habilmente explorou sua longa e dura luta armada antinipônica para legitimar sua acumulação gradual de poder, mas também elevou esses seis pontos ora mostrados como os únicos princípios operativos internos do Estado norte-coreano. Com o passar do tempo, essas seis características se institucionalizaram de tal forma que elas coletivamente se tornaram tanto a base para a unidade partidária de Kim pelos próximos 60 anos como o mecanismo que reproduz seu poder centralizado.

Relações com o Partido Comunista Chinês e a União Soviética

Apesar dos coreanos terem participado ativamente da Revolução Chinesa durante o período colonial, muitos deles tinham dificuldades de trabalhar com os comunistas chineses. Em agosto de 1930, quando os comunistas coreanos decidiram cessar seus esforços para reestabelecer o Partido Comunista Coreano e, em vez disso, juntaram-se ao Comitê da Manchúria do Partido Comunista Chinês (PCCh), o PCCh ignorou seus esforços. Com uma boa dose de ceticismo, o PCCh comentou a respeito dos comunistas coreanos: “[…] apesar de muita energia ter sido gasta no Movimento Coreano na Manchúria desde o passado até o presente, não apenas a colheita tem sido diminuta, mas o domínio ideológico tem sido fraco”. Em particular, as pessoas associadas com o grupo ML (Marxista-Leninista) eram apontadas como uma fonte potencial de sectarismo, com o PCCh chegando ao ponto de baní-las da possibilidade de tomar posição de liderança dentro do Partido.[10]

Kim Il-Sung, em contraste, ocupava uma posição de alto nível no PCCh e construiu um relacionamento de sucesso com seus camaradas chineses.[11] Ele participou no estabelecimento do Exército Aliado Antinipônico, uma unidade militar integrada de soldados coreanos e chineses, e trabalhou com os comunistas chineses para estabelecer a Frente Unida Anti-imperialista. O PCCh o via como um líder que era “tranquilo sob pressão, esperto e um comandante admirável”.[12] Zhou Baozhong chegou mesmo a relatar ao Comando do Exército Soviético do Extremo Oriente que “Kim Il-Sung é um excelente comandante militar[…] Entre os camaradas coreanos no Partido Comunista Chinês, ele é bastante superior. Ele pode desempenhar importantes tarefas no sul da Manchúria, a oeste do rio Amnok e na Coreia do Norte”.[13]

Kim Il Sung com o primeiro-ministro chinês Zhou Enlai.

As experiências de Kim Il-Sung e seus colegas no PCCh foram amplamente utilizadas na Coreia do Norte pós-libertação. Os laços de amizade forjados nesse período continuaram a prover uma sólida base para a solidariedade ideológica e algumas vezes pessoal entre o PCCh e o governo norte-coreano.[14] Ainda mais, sem o apoio do PCCh e da República Popular da China, teria sido muito mais difícil para o governo norte-coreano manter sua independência da União Soviética, e o destino da Coreia, como consequência, teria sido mais próximo àquele dos países do Leste Europeu, cuja autonomia foi afetada.

23 de outubro de 1940 marcou um ponto de viragem nas relações de Kim com os comunistas estrangeiros enquanto sua unidade de guerrilha se deslocava para Khabarovsk, na União Soviética. Kim estabeleceu uma base temporária na região do monte Paektu, no extremo leste da Sibéria, para dirigir ações de unidades menores na Coreia e no sudeste da Manchúria. Enquanto permaneceu na União Soviética, ele frequentemente se encontrava com o comandante do Primeiro Exército Aliado do Extremo-Oriente da União Soviética, K. A. Merichikov, bem como com o membro do comitê militar, T. F. Shtikov. Kim Il-Sung visitou Moscou antes da União Soviética declarar confrontos abertos contra o Japão e também se encontrou com A. Zhukov, comandante supremo do Exército Soviético de Ocupação da Alemanha e representante Soviético para a Autoridade de Ocupação Alemã, e A. Zhdanov, secretário do Comissariado de Assuntos Políticos do Partido Comunista da União Soviética[15]. Ter se encontrado com os altos líderes soviéticos e aqueles responsáveis pela administração na prática foi um importante passo político para Kim Il-Sung, que, mais tarde, se tornaria o líder da Coreia do Norte. Os soviéticos tiveram a chance de mensurar pessoalmente a capacidade de Kim Il-Sung enquanto líder, e a apreciação deles de seus méritos os levou a provê-lo com todos os meios necessários para controlar a situação política na Coreia do Norte pós-libertação.

[rev_slider alias=”livros”][/rev_slider]

Notas:

[1] – Ver Manshukoku gunseifu komonbu (Conselho Consultivo do Governo Militar da Manchúria), Manshïi kyõsanfun no кепкуй (Um estudo dos Bandidos Comunistas da Manchúria) Tóquio: Kyögudou Kenkyüjo, 1937, pg.86.

[2] – Ver Chungang libo t’ükbyöl ch’wijaeban, Pirok Chosõn minjujuüi inmin kong- hwaguk (Livro Secreto: A República Popular Democrática da Coreia), vol. 1. Seul: Chungang libo, 1992, pgs. 80-83.

[3] – O Minsaengdan era uma organização contrarrevolucionária de espiões e lacaios que os imperialistas japoneses organizaram em Jiandao, na China, em fevereiro de 1932 para destruir as fileiras revolucionárias de dentro por estarem os japoneses alarmados com o crescimento das forças revolucionárias coreanas. Desde sua concepção a natureza contrarrevolucionária da organização era bem conhecida, e a mesma foi dissolvida em julho de 1932 após ser condenada e rejeitada pelo povo. Entretanto, mesmo após sua dissolução, astutos imperialistas japoneses continuaram a dar a impressão que braços da Minsaengdan haviam sido formados em diversos locais. Nacionais-chauvinistas e sicofantas faccionários foram enganados pelo ardil e usaram a suposta luta anti-Minsaengdan contra a extrema-esquerda o que causou um dano profundo à unidade das fileiras revolucionárias e ao desenvolvimento da Revolução Coreana.

[4] – A “Marcha Árdua” (konan ui haengun) foi a marcha da unidade principal da guerrilha desde Nampaitzu até a região fronteiriça entre Yonan e o Rio Amnok. Ela durou do começo de dezembro de 1938 até março do ano seguinte. Após sofrer com uma campanha de supressão japonesa, temperaturas de 40º Celsius negativos, escassez de alimentos e diversos combates a unidade da guerrilha chegou a seu destino. Tal experiência fortaleceu a união e a confiança de seus conscritos.

[5] – CHAEDOK, Han. Kim Ilsõng changgun kaesõngi (O Registro do Retorno Triunfante do General Kim Il-Sung). Pyongyang: Democratic Korea Publishing House, 1947, pgs. 50-53.

[6] – “Zhonggong ongman dangtuan tewei gongzuo baogao” (Proclamação de uma manobra política: 25 de outubro de 1933) in: Dongbei dichu geming lishi wenjian huiji (Documentos Históricos da Revolução da Área Nordeste) A30; Harbin: Heilongjiangcheng Dang’anguan Chuban, 1992, pgs. 17, 47.

[7] – “Zhonggong dongman dangtuan tewei gongzuo baogao” (A reunião conjunta do Comitê Militar do Governo Revolucionário do Povo do Nordeste), Dongbei dichu geming lishi wenjian huiji (Documentos Históricos da Revolução da Área Nordeste) A44; Harbin: Heilongjiangcheng Dang’anguan Chuban, 1992, pg. 432.

[8] – No começo, o Exército norte-coreano era chamado de “o sucessor da unidade partidária sob o comando do General Kim II-Sung.” Ver Chosõn chungang yon gam (O Anuário de Choson Central) 1949 Pyongyang: Korean Central News Agency, pg.86.

[9] – Ver Naemusõng kyõngboguk, Тйкко wölbo (Relatório Especial Mensal). Seul: Naemusõng Kyõngboguk Poankwa, novembro 1944, pg. 76.

[10] – Em agosto de 1932, por exemplo, o Comitê da Manchúria do PCCh expurgou instigadores de conflitos sectários que pertenciam ao Partido Comunista Coreano e proibiu aqueles envolvidos em conflitos sectários de tomar posições de liderança em quaisquer organizações acima do nível mais básico. Ver “Chaoxian gongchandang Manzhou zongju de baogao” 30 de janeiro de 1930, Dongbei dichu geming lishi wenjian huiji (Documentos Históricos da Revolução na Área Nordeste) A4, Harbin: Heilongjiangcheng Dang’anguan Chuban, 1992, pg. 393.

[11] – Chongno, 14 de fevereiro, 1946.

[12] – “Dongbei renmin geming jun i er jun zhi shengchan chan ji gi fazhan de jingguo: 1938” (O Estabelecimento e Processo de Desenvolvimento do Segundo Corpo do Exército Revolucionário Popular do Nordeste), Dongbei dichu geming lishi wenjian huiji (Documentos Históricos da Revolução na Área Nordeste) A53, Harbin: Heilong- jiangcheng Dang’anguan Chuban, 1992, pg.311.

[13] – “Zhou aohong zhi Wang Xnln de xin” (A carta de Zhou Bazong para Wang Xinin: 1 de julho de 1941), Dongbei dichu geming lishi wenjian huiji (Documentos Históricos da Revolução na Área Nordeste) A61, Harbin: Heilongjiangcheng Dang’anguan Chuban, 1992, pg.296.

[14] – Veteranos do Exército Revolucionário Popular da Coreia, enviados por Kim Il-Sung, bem como 250 mil jovens coreanos participaram das campanhas antinipônicas no Nordeste da China. Mao Tsé-Tung disse que uma das cinco estrelas inscrita na bandeira nacional chinesa simbolizava o sangue derramado pelos comunistas norte-coreanos. Ver Kim II Sung, Condensed Biography. Pyongyang: Foreign Languages Publishing House, 2001, pg.157.

[15] – SUNG, Kim II.  Kim II Sung tongji hoegorok: Segi wa tõburõ (Memórias do Camarada Kim II Sung: Junto com o Século), vol. 8, Pyongyang: Korean Worker’s Party Publishing House, 1998, pgs. 441-46.

Gwang-Oon Kim, “The Making of the North Korean State”, no Journal of Korean Studies, Volume 12, no. 1, pp. 15-42. Copyright, 2007. Responsáveis da Columbia University, na cidade de Nova York. Todos os direitos reservados. Republicado com permissão do detentor dos direitos autorais e da presente editora, Duke University Press. www.dukeupress.edu

* Gwang-Oon Kim é um pesquisador sênior no Instituto Nacional de História Coreana.

Continue lendo

gaza
“Israel quer ficar em Gaza”, diz cientista político palestino
gandhi_nao_violencia
O mito de que a liberdade da Índia foi conquistada pela não-violência impede o progresso
gaza
Gaza e a denegação

Leia também

palestina_al_aqsa
Guerra e religião: a influência das profecias judaicas e islâmicas no conflito Israel-Palestina
rsz_jones-manoel
Jones Manoel: “é um absurdo falar de política sem falar de violência”
Palmares
A República de Palmares e a disputa pelos rumos da nacionalidade brasileira
Acampamento de manifestantes pedem intervenção militar
Mourão, o Partido Fardado e o novo totem [parte I]
pera-9
A música dos Panteras Negras
illmatic
‘Illmatic’, guetos urbanos e a Nova York compartimentada
democracia inabalada
Na ‘democracia inabalada’ todos temem os generais
golpe bolsonaro militares
O golpe não marchou por covardia dos golpistas
colono israel
Os escudos humanos de Israel